domingo, agosto 27, 2006

Episode 5.11 [ Duets ]

Episode 5.11 [ Duets ]

Tudo parece tão igual. As pequenas diferenças entre os meus dias são tão pequenas que se fazem imperceptíveis ao longo dos meses...
Ainda continuo me achando bobo demais pra certas coisas da vida... Eu ainda tento descobrir o que vai acontecer amanhã em Páginas da Vida. Eu não sei, mas acho que vou insistir em permanecer imaturo por um tempo. Mas não é disso que eu ia falar, na verdade. Eu estava pesquisando sobre grandes músicas de filmes e eu descobri que tem muita música que todo mundo conhece e ninguém nem sabe que ganhou o Oscar. Eu particularmente acho que faz uma p*** diferença uma música ser reconhecida por um prêmio como o Oscar (apesar das controvérsias que envolvem as preferências da academia, e que já são conhecidas por nós) porque alguns filmes são muito lembrados pelas suas músicas. Quem é que não alugou aquele filme só pra ouvir de novo aquela música perfeita, que geralmente vem só na última cena? São milhaaaares de músicas perfeitas pra cenas perfeitas. Eu chorei rios quando ouvi "Stand by me" no final de Conta Comigo nas cenas finais porque a música simplesmente tinha tudo a ver com o filme. E eu acho que ela só não ganhou o Oscar porque só ganha música original, feita exclusivamente para o filme e essa já existia antes, na versão do Lennon. Mas quem vai dizer que não se arrepia ouvindo "Time of my life" enquanto o Patrick Swayze e a Jennifer Grey dançam na tela? E até nos filmes mais modernos, mais anos 90. Eu sempre lembro de "I feel it in my fingers... I feel it in my toes..." quando penso no filme Quatro Casamentos e Um Funeral. E sempre lembrarei de "you're gonna fly away... glad you're goin' my way..." que a Gwyneth canta lindamente com o Huey Lewis em Duets. Trechos perfeitos de canções...
O negócio é que música é uma expressão muito bonita de sentimentos. Ainda mais do que uma poesia, porque a entonação de voz, o ritmo, a altura, tudo isso consegue expressar um romantismo ou uma outra emoção qualquer que letras no papel inerte não têm a capacidade de transmitir (exceto, é claro, poesias dos grandes autores, tipo o Pessoa ou o Drummond, ou até mesmo aqueles românticos mais depressivos, tipo o Rimbaud). E é lindo ouvir um acorde especial e lembrar de um filme especial.
E há também os pares... ah... grandes pares embalados por grandes canções (até mesmo entram aqui aquelas da Celine Dion que foram pro Oscar, como "My heart will go on" e "Because you loved me")... Grandes cenas, grandes amores. Cinema é a melhor coisa do mundo. Música também é a melhor coisa do mundo. por que não juntar os dois?

E algumas curiosidades do Oscar de Melhor Canção Original:
A Disney e produtoras infantis em geral são boas nisso. Já ganharam ou foram indicadas as músicas do Rei Leão (foram 3 indicadas) em 94, Toy Story em 95 e 99, Pinocchio em 40, Tarzan em 99 (eu recomendo a música You'll be in my heart, do Phill Collins... linda), Príncipe do Egito em 98, Anastasia e Hércules em 98, Pocahontas em 97, Alladin em 92 ("um mundo ideaaal"), A bela e a fera em 91, A Pequena Sereia em 89 e mais um monte por aí.
Os anos 80 foram os anos mais justos. Em 80 ganhou Fame do filme Fama, em 82, Up Where We Belong, do filme perfeito do Richard Gere, em 83 a música do Flashdance ganhou, em 84 I Just Called To Say I Love You, em 85 Say You, Say Me (confessa... você adora), em 86 Take My breath Away (do top gun) e em 87 a maravilhosa Time of my life.

e agora, antes que vocês desistam de ler... até mais.

Lista de Indicados até 1999
Lista de Vencedores até 2006

Soundtrack: It Might Be You, by Stephen Bishop

Duets - Vem Cantar Comigo: filme de 2000 com a estonteante Gwyneth Paltrow, dona de uma das belezas mais puras que eu já vi. Seis cantores amadores resolvem se inscrever no Grande Concurso de Karaokê em Omaha, Nebraska. Lá eles tem a grande chance exibir seus talentos musicais mas, à medida que o concurso avança, eles começam a enfrentar os mais diversos contratempos. O principal é justamente o da personagem da Gwyn com o seu pai. Atuação mencionável de Scott Speedman, do seriado Felicity.

domingo, agosto 13, 2006

Episode 5.10 [ Big ]

Episode 5.10 [ Big ]

Sem comentários sobre o episódio anterior.

E então lá estava eu naquele show perfeito de uma banda que eu já havia me esquecido que era tão boa. Pessoas felizes... companhia boa... mas algo estava errado. Talvez a sensação nostálgica que eu tive de estar de novo na 7ª série arrumando coragem pra ir falar com as meninas e curtir o show com a galera da minha sala, quando o meu mundo ainda se resumia ao colégio... Acho que tudo era mais fácil naquela época, porque a gente não queria mesmo nada sério... era só ir pro show, curtir um pouco, ouvir boa música (nem sempre), beijar pessoas desconhecidas... E hoje está tudo diferente porque eu simplesmente não consigo mais viver daquele jeito. Pra mim não adianta mais satisfação por uma noite.
E a juventude de hoje corrompida demais pro meu gosto... Enquanto o Dinho Ouro Preto fazia discursos sobre política e consciência moral, o garoto aprentemente rico e sem problemas na vida cheirava cocaína desvairadamente. Aposto que a vida dele não ficou melhor depois daquilo. E os meus amigos da época do colégio que hoje são apenas meros conhecidos a quem se cumprimenta na rua estão todos fumando e usando drogas...

Será que foi só eu que cresci?
Eu lembro que quando eu tinha 13 anos tudo o que eu mais queria era crescer logo. Na verdade, tudo o que eu queria nesse exato momento era voltar para a 7ª série e voltar a ser um garoto normal.

Soundtrack: O Mundo, by Capital Inicial

Big - Quero ser grande: filme de 1988, realmente memorável, com o Tom Hanks no papel de um garoto de 12 anos que amanhece aos 35 e se vê obrigado a se acostumar com as suas novas condições, encarando inclusive um emprego e grandes responsabilidades. Eu não quero ser grande...

quinta-feira, agosto 10, 2006

Episode 5.09 [ Say It Ain't So! ]

Episode 5.09 [ Say It Ain't So! ]

Tô tão cansado já... ouvindo as mesmas músicas velhas e vendo os amigos de antes se distanciarem como areia escorrendo pelos dedos... e muito cansado dessa vida amorosa falida. Permita-me ser pessimista e depressivo.

"Parece que vai ser sempre assim... nada dá certo pra mim!
E de novo a banda na TV tira as palavras da minha boca e traduz fielmente os meus próprios sentimentos. Faria tanta diferença ouvir dizer que alguém gosta realmente de mim, algo além do velho conhecido "me desculpe, mas..."
Seria tão diferente se eu pudesse amar tão intensamente sem me preocupar com a recíproca. Mas nada de altruísmo no meu café. (eu nem tomo café)
A história se repete quando eu pensei que tudo tinha mudado, e parece que eu sempre vou me sentir como um garoto de 15 anos. Mais uma vez eu fiquei em segundo lugar e no momento não consigo encontrar algo em que eu realmente seja "o melhor".
Tudo o que eu preciso é que alguém me dê realmente um pouco de atenção sem que eu precise pedir.
Mas não faço falta...
"Mr. Cellphane"
transparente...

Só o amogo, só o que conta e o que ouve, só o que guarda segredos e ouve as explicações. Só op que observa, nunca o que participa... Só o que está, nunca o que É...

Nem ouço mais sobre o amor nos meus sonhos...

Faz muito pouca diferença olhar pra trás a não ser pra pensar o que de bom eu posso tirar dos meus erros. Mas onde foi mesmo que eu errei?
Só quero me apaixonar.
Só quero nunca me apaixonar.
Só quero ser um pouquinho feliz.
E se puder, nunca mais sofrer.

Mas parece que vai ser sempre assim... nada nunca dá certo pra mim.
"But I have one last cry before I leave it ALL behind"

Soundtrack: One Last Cry, by Marina Elali

Diga que não é verdade (Say it isn't so!): filme tipo sessão da tarde de qualidade um pouco duvidosa. Feito em 2001, trouxe Chris Klein e Heather Graham como um casal de jovens apaixonados que acabaram desocbrindo segredos que os impediam de ficar juntos. Descobrir verdades demais é prejudicial à saúde mental.

domingo, agosto 06, 2006

Episode 5.08 [ From Here To Eternity ]

Episode 5.08 [ From Here To Eternity ]

E estou finalmente a algumas horas de voltar pra faculdade. Talvez não signifique nada pra vocês, além de um garoto que prefere não dormir e ficar na internet sem pensar que no dia seguinte tem aula até as 5 da tarde. Mas pra mim é um grande passo. Talvez um passo ainda maior do que ter entrado na faculdade.
Quando me mudei pra Belo Horizonte, comecei a sonhar. Era um mundo completamente novo. Eu tinha consciência de que a cidade ainda oferecia alguma resistência a mim, mas eu achava tudo aquilo o máximo... ser mais um em um lugar onde NINGUÉM se preocupa com a sua vida. É claro... ins e outs. Pontos positivos e negativos. Mas eu realmente pensei que minha vida havia mudado e daquele momento em diante seria dali pra cima. Eu moraria em cidades cada vez maiores, que comportariam sonhos maiores e maiores realizações. E a minha cidade passou a ser Belo Horizonte e suas luzes ofuscantes.
Então vieram as férias e o sonho acabou. Não que voltar pra Sete Lagoas tenha sido ruim, mas foi um grande choque ver que o meu mundo é aqui. Os meus sonhos podem ser grandes mas a cidade em que vivo não. Meus amigos estão aqui, minha família está aqui, o meu quarto, minhas idéias e minhas anotações pertencem a essa cidade. Esse é o meu mundo. E não sei se estou preparado para deixá-lo. Não sei se um dia estarei.

Hoje eu parei pra pensar: "Amanhã começa tudo de novo". E eu não cumpri a metade da minha lista de afazeres das férias. Não vi meus amigos do 3° ano... Não mandei aquele e-mail que ainda está entalado... Não assisti a 1000 filmes bons... Não encontrei o amor da minha vida... Não terminei o meu roteiro... Mas ainda há tempo.

From hete to eternity - A um passo da eternidade: filme de 1953 que ganhou um monte de Oscars, com o Frank Sinatra e mais um monte de estrelas do preto e branco. Jovens adultos tentam construir suas vidas moldando-se às condições propostas pela guerra, nas vésperas do ataque a Pearl Harbor. Tudo a ver...

Soundtrack: (I've got you) Under my skin, by Frank Sinatra

quarta-feira, agosto 02, 2006

Episode 5.07 [ Risky Business ]

Episode 5.07 [ Risky Business ]

A vida tem mesmo muitos caminhos. E surpresas. E escolhas.
Como minha primeira realização realmente significante de férias, viajei para a fazenda de Filipe no sábado. Voltei na segunda com muitas histórias pra contar, principalmente sobre guerras de coquinhos, pescarias frustradas, papagaios, jogos de bola, muita carne, muito baralho, algum vinho e conversas perfeitas com amigos perfeitos.
E foi uma das poucas vezes que consegui realmente expressar os meus sentimentos e pensamentos através de palavras faladas. Sempre achei mais fácil escrever sobre tudo, me declarar para as pessoas de quem eu gostei por essa vida a fora, até mesmo pedir desculpas pelos meus erros. É o jeito mais fácil, pelo menos pra mim.
Acho que tudo isso tem a ver com o meu tipicamente taurino medo da mudança, medo do inesperado, insegurança. Sempre tive receio em relação a mudanças radicais na vida e todas as grandes mudanças me causaram boas horas de tristeza e reflexão pessoal antes do início da fase de adaptação.
Mas aí eu ouvi um conselho: “Arrisque-se mais, senão como você vai saber que não foi o melhor?”. E como todos nós sabemos – mas bem poucos colocam em prática – é melhor se arrepender do que fizemos e não do que deixamos de fazer.
Eu realmente vou tentar me arriscar mais daqui pra frente. Confesso que não sabia que a solução era assim tão fácil. E sei também que não vai funcionar 100% na prática. Mas eu espero realmente perder menos oportunidades, ou melhor... fazer as minhas próprias oportunidades. É difícil. Difícil realmente dizer adeus ao que sabemos que nos é seguro e rotineiro.
Mas a vida é assim. As pessoas vêm e vão e algumas se fazem parte da nossa história eternamente, mesmo com um conselho na madrugada ou com as longas tardes que aproveitamos juntos até que percebemos que é tarde demais para se esquecer.

Trilha sonora: Love in the Afternoon, by Legião Urbana

Negócio Arriscado (Risky Business): filme de 1983, um dos primeiros sucessos de Tom Cruise, em que ele é um adolescente que aproveita a viagem dos pais pra fazer bagunça na casa.